Empathy and heart rate variability: a need and a mechanism of emotion regulation
Barbosa, Marta Judite Magalhães
Tese
Dissertação de mestrado integrado em Psicologia
According to Polyvagal Theory (Porges, 2007), empathic and prosocial behaviours became
possible through the arising of the myelinated vagus nerve in the mammalian autonomic
nervous system, which plays a major role in the regulation of heart rate variability (HRV).
High-frequency (HF) component of HRV constitute an index of cardiac vagal control. This
study aims to examine how perceived empathy varies as a function of sex; how heart rate
(HR) varies as a function of valence of a marital interaction task and sex; and, mostly, if
perceived empathy is associated with HF, since both are associated with emotion regulation.
Thirty heterosexual couples aged between 22 and 62 years old participated in this study.
Women scored significantly higher in several of the empathy self-report measures used.
Subjects showed significantly greater HR in the negative period compared to the positive
period, and no effect of sex was found. In males, significant and positive associations between
some empathy measures and HF were found. These findings suggest that empathy might not
only be associated with vagal regulation of HF, but also with the subjects’ visceral perception,
which is more accurate in men. Implications of these findings and directions for future
research are discussed.
Segundo a Teoria Polivagal (Porges, 2007), os comportamentos empáticos e pró-sociais
tornaram-se possíveis aquando do surgimento do nervo vago mielinizado no sistema nervoso
autónomo dos mamíferos, que desempenha um papel fundamental na regulação da
variabilidade da frequência cardíaca (VFC). A componente de alta frequência (AF) da VCF
constitui um índice do controlo vagal cardíaco. Este estudo pretende avaliar de que forma a
empatia varia em função do sexo, de que forma a frequência cardíaca (FC) varia em função da
valência de uma tarefa de interação conjugal e do sexo e, sobretudo, avaliar se a empatia está
associada à componente AF, dada a associação de ambas à regulação emocional. Participaram
neste estudo trinta casais com idades compreendidas entre os 22 e os 62 anos. As mulheres
apresentaram scores mais elevados do que os homens em algumas medidas de empatia. Os
sujeitos apresentaram FC significativamente mais elevadas no período negativo,
comparativamente ao positivo, não tendo havido efeito do sexo. Nos homens, foram
encontradas correlações positivas significativas entre medidas de empatia e a AF. Estes
resultados sugerem que a empatia poderá estar não só associada à regulação vagal da FC, mas
também à perceção visceral, que é mais precisa nos homens. Implicações destes resultados e
sugestões para investigações futuras são discutidas.