Saúde e rendimento académico nos estudantes da Universidade do Minho: percepção de áreas problemáticas
Conference Paper
O principal objectivo deste estudo consistiu na identificação/caracterização das principais
preocupações/áreas de saúde percepcionadas pelos estudantes da Universidade do Minho como interferindo na sua adaptação e rendimento escolar.
Este estudo foi realizado com 139 participantes, estudantes universitários das Licenciaturas em Medicina, Educação e Engenharia, a frequentar o segundo, o quarto e o quinto anos. Foi utilizado o inquérito “Estilos de Vida, Saúde/Doença, Bem‐Estar e Qualidade de Vida” (Elias,
Azevedo & Maia, 2008), formado por vinte e três itens que cobrem dimensões como o stress, dores de cabeça, dificuldades com o sono e a alimentação, doença crónica, entre outros. Após a recolha, os dados foram analisados recorrendo ao programa estatístico SPSS 14.0 for
Windows.
Os resultados evidenciam que as áreas nas quais os estudantes sentem mais dificuldades são o stress e a ansiedade (associadas à gestão do tempo e a apresentações em público) e as dores
de cabeça. Os participantes revelaram ainda dificuldades ao nível da gestão da alimentação, do padrão de sono e da adopção e manutenção de estilos de vida saudáveis. Em contraponto, o consumo de substâncias, a sexualidade e a doença crónica não são áreas percepcionadas como
problemáticas.
Estes resultados indicam importantes pistas de acção e intervenção no contexto universitário que suportam a pertinência de oferecer serviços de apoio psicológico e desenvolver actividades com vista à promoção da saúde, numa perspectiva preventiva, com o objectivo de
responder às necessidades manifestadas pelos estudantes e assim contribuir para o sucesso da sua integração e realização académica.