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Failing to forget: studies on prospective memory deactivation

Failing to forget: studies on prospective memory deactivation

Matos, Patrícia Fernanda Ferreira de

| 2021 | URI

Thesis

Tese de doutoramento em Psicologia Básica
A great deal of research has emerged opening a new perspective on the nature of long-term
memory: Unveiling that it is also future-oriented rather than a simple storage of past memories. While
prospective memory (PM) enables us to remember to perform an intention in the future, deactivating
irrelevant intentions make it possible to flexibly re-adjust our behavior according to changing contexts and
goals. However, PM commission errors may occur if an irrelevant intention is erroneously executed
despite no-longer-needed (e.g., accidental overmedication). Recently, one hypothesis suggests that
commission errors result from a spontaneous intention retrieval and failed cognitive control.
The studies reported in this dissertation aimed at examining the mechanisms underlying PM
commission errors. We attempted to clarify the influence of cognitive control ability as well as the role of
the interference mechanisms on PM deactivation.
After discussing some theoretical views and empirical findings of PM functioning, we provide a
systematic review exploring PM performance under cognitively demanding conditions. The results
indicated that, besides failing to remember to perform a delayed intention, under some circumstances, it
also seems to be more frequent to execute an irrelevant PM task if cognitive resources are taxed by the
ongoing task demands.
Thus, in Study 1, we aimed to investigate whether PM commission error risk is affected by varying
ongoing task demands (Experiment 1). Our results go in line with previous studies, revealing that these
memory failures increase whilst participants are engaged in resource-demanding activities. In turn, Study
2 was dedicated to exploring whether PM deactivation benefits from a retroactive interference mechanism
by adding a new-PM intention (Experiment 3) or filler tasks with increased difficulty levels (Experiment 2).
Taken together, the results pointed to an overwriting or deterioration of the old-PM task representation,
reducing PM commission error occurrence.
In sum, the work accomplished in this dissertation clarify the conditions that may lead to or,
otherwise, prevent PM commission errors. This work provides a more comprehensive picture of the
processes underlying intention deactivation and it will hopefully encourage future studies aiming to provide
more indicators of inhibition or spontaneous retrieval processes behind PM deactivation.
Vários estudos têm contribuído para uma nova visão acerca da natureza da memória a longo-prazo: Esta é também orientada para o futuro ao invés de um simples arquivo de memórias passadas.
A memória prospectiva permite-nos lembrar de realizar uma intenção no futuro, mas estas memórias
devem ser desativadas (ou esquecidas), quando se tornam irrelevantes, de forma a flexivelmente
reajustarmos o nosso comportamento de acordo com vários contextos e objetivos. No entanto, podem
ocorrer erros de comissão se uma intenção for erradamente realizada apesar de já não ser necessária
(e.g., sobre-medicação acidental). Recentemente, uma hipótese sugere que estas falhas resultam de
uma recuperação espontânea de uma intenção irrelevante e de uma falha de controlo cognitivo.
Os estudos desenvolvidos nesta dissertação examinaram os mecanismos subjacentes aos erros
de comissão da memória prospectiva. Procurou-se clarificar a influência da capacidade de controlo
cognitivo assim como o papel dos mecanismos de interferência na desativação de intenções.
Em primeiro lugar, a revisão sistemática efetuada revela que condições cognitivamente mais
exigentes conduzem a um maior esquecimento em realizar uma intenção anteriormente planeada, mas
também que, nestas situações, esta é mais frequentemente realizada quando já não é necessária.
Assim, no Estudo 1 pretendemos investigar se o risco de cometer um erro de comissão é afetado
pela maior dificuldade cognitiva para a realizar a tarefa decorrente (Experiência 1). Os nossos resultados
revelam que estas falhas de memória aumentam quando os participantes estão envolvidos em atividades
mais exigentes do ponto de vista cognitivo. Por sua vez, o Estudo 2 foi dedicado a explorar se a
desativação de intenções beneficia de um mecanismo de interferência retroativo ao adicionar uma nova
tarefa de memória prospectiva (Experiência 2) ou tarefas distractivas com diferentes níveis de dificuldade
(Experiência 3). Em conjunto, os resultados indicam uma substituição ou deterioração de uma anterior
memória prospectiva, reduzindo assim falhas na desativação de intenções irrelevantes.
Em suma, os trabalhos realizados no âmbito desta dissertação clarificam as condições que
podem causar ou evitar a ocorrência de erros de comissão no funcionamento da memória prospectiva.
Este trabalho fornece também um quadro mais abrangente dos processos subjacentes à desativação de
intenções, esperando-se que impulsione estudos futuros com o objetivo de fornecer mais indicadores de
inibição e de processos de recuperação espontânea.
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (bolsa de Doutoramento BD/123421/2016)

Publicação

Ano de Publicação: 2021

Identificadores

ISBN: 101563027