Destination memory: the impact of the attentional focus on the transmitter or recipient of the message

Tese de doutoramento em Psicologia Básica
Para recordar a quem transmitimos uma determinada informação, recorremos à memória de destino,
sendo este tipo de memória medido pela associação entre o que é dito (i.e., informação transmitida) e a
quem é dito (i.e., destinatário da informação). Estudos anteriores mostraram que recordar a quem
transmitimos informação é mais difícil do que recordar quem nos transmitiu informação (i.e., memória
de fonte), o que tem sido explicado com base no foco e recursos atencionais. Ao transmitir informação,
o foco atencional é no transmissor e na própria informação, resultando em menos recursos atencionais
disponíveis para a associação entre a informação e o destinatário. Esta explicação tem ganho apoio com
vários estudos a mostrar que um foco atencional interno, promovido pela transmissão de factos pessoais,
resulta numa pior memória de destino. No entanto, identificamos a necessidade de explorar se a
explicação do foco atencional interno é uma explicação adequada para a pior memória de destino
observada quando factos pessoais são transmitidos. Com esse objetivo, no Estudo 1, exploramos se o
efeito de geração é uma explicação alternativa para os resultados observados previamente na literatura,
observando assim a possível influência do efeito de geração na memória de destino. No Estudo 2,
optamos por realizar uma meta-análise para melhor perceber a influência do foco atencional interno (vs.
externo) na memória de destino. Dado o suporte fornecido à explicação do foco atencional interno, no
Estudo 3, o objetivo foi encontrar uma estratégia através da qual a memória de destino fosse melhor
quando informação pessoal é transmitida. Por último, no Estudo 4, examinamos se o modo de
transmissão da informação (i.e., por escrito ou em voz alta) influencia a memória de destino, observando
assim a influência do efeito de produção neste tipo de memória. Os resultados desta tese fornecem uma
forte robustez à explicação do foco atencional interno, em que a partilha de informações pessoais resulta
numa pior memória de destino, descartando o efeito de geração como explicação para estes resultados.
Embora não tenhamos identificado uma boa estratégia para promover uma melhor memória de destino
quando informação pessoal é partilhada, os resultados demonstraram a forte influência do foco
atencional interno neste tipo de memória. Além disso, com este trabalho, concluímos que, para nos
lembrarmos melhor da pessoa a quem dissemos algo, é provavelmente melhor partilhar a informação
em voz alta (e não por escrito) se tivermos a possibilidade de escolher o modo de transmissão da
informação.
To remember to whom we transmit certain information, we resort to destination memory, a type of
memory measured by the association between what is said (i.e., information transmitted) and to whom
it is said (i.e., information recipient). Previous studies have shown that remembering to whom we transmit
information is more difficult than remembering who transmitted information to us (i.e., source memory),
which has been explained based on attentional focus and resources. When transmitting information, the
attentional focus is on the transmitter and the information itself, resulting in less available attentional
resources for the association between the information and the recipient. This explanation has gained
support with several studies showing that an internal attentional focus, promoted by transmitting personal
facts, results in worse destination memory. However, we identified the need to explore whether the
internal attentional focus explanation is an adequate explanation for worse destination memory when
personal facts are transmitted. With that goal, in Study 1, we explored whether the generation effect is an
alternative explanation for the previous results, observing the possible influence of the generation effect
on destination memory. In Study 2, we conducted a meta-analysis to better understand the influence of
internal (vs. external) attentional focus on destination memory. Given the support provided for the internal
attentional focus explanation, in Study 3, the aim was to find a mechanism through which destination
memory is better when personal information is transmitted. Lastly, in Study 4, we examined whether the
information transmission mode (i.e., by typing or aloud) influences destination memory, thus observing
the influence of the production effect on this type of memory. The results of this thesis provide strong
robustness to the internal attentional focus explanation, in which the sharing of personal information
results in worse destination memory, discarding the generation effect as an explanation for these results.
Although we did not identify a good strategy to promote better destination memory when personal
information is shared, the results demonstrated the strong influence of internal attentional focus on this
type of memory. Furthermore, with this work, we conclude that to better remember the person to whom
we have said something, it is probably better to share the information aloud (and not by typing) if we have
the possibility to choose the mode of transmission of the information.
Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) - bolsa de Doutoramento BD/144501/2019